sábado, 16 de agosto de 2014

A vida é uma metáfora




Você é a única pessoa que consegue interpretar o seu mundo, se dispuser de tempo para isso. Porque só você tem a liberdade de se conhecer. Há elementos importantes que podem ser agregados a uma boa interpretação: o amor, a caridade e o desapego. Estes elementos nos levam aos caminhos possíveis de serem satisfatórios e sem ilusões. Além disso, nos ajudam a passar pelas provas implícitas que a vida nos impõe como obstáculos. Só vamos colher o fruto da semente que plantamos em nossos caminhos lá na frente se desvendarmos esses sentidos dentro de nós.
   A mente, o corpo e a alma trabalham as futilidades e os desperdícios. A alma absorve e registra tudo o que fazemos e recebemos de nós e dos outros. A mente processa as informações de acordo com seu limite e, o corpo é o instrumento que executa as tarefas árduas; muitas vezes nem sentimos o quanto ele sofre com as nossas atitudes imaturas, por vezes, despercebidas. Portanto, esses elementos se somam, sendo eles bons ou ruins.
   Há destruições de egos dentro de nós, tal qual, uma guerra, da qual nem imaginamos. Não só, ela acontece toda vez que esses fatores fogem uns do outros como se fossem independentes, mas não são.
   Quando há um entrelaçamento de ideias que se destinam para os mesmos lugares, há mais motivação porque tem foco. As metáforas são amiúdes e delas é que temos que buscar as informações mais adequadas. Uma vez que interpretar é desvendar sentidos, não os que queremos, e sim aqueles que precisamos de fato.
   Há maneiras de saber o que temos que saber. Uma delas é buscar conhecer de verdade a si mesmo, sem nada a esconder de si. Quando nos analisamos sem preconceitos, sem limitações, sem vestígios de qualquer bloqueio que nos faça não enxergar o real daquilo que somos, logo, as portas e janelas da alma se abrirão. E, tudo o que está lá vai se desprendendo aos poucos em prestação, até nos acostumar a querer ver o que escondíamos. Só basta estar pronto e as coisas virão automaticamente.
 E quando isso acontecer, a vida não será mais uma metáfora. Literalmente nos conheceremos nas diversas ações das quais antes não sabíamos ser capazes de conhecer. E você descobre que, pode ser mais do que aparentava ser. Que o que se apresentara aos seus sentidos e a sua razão era algo que costumava fazer parte da sua visão limitada, aquela que você criou e que a cegueira não deixava ver. Mas estava ali, o tempo todo só esperando você estar pronto para ver.
  Deixamos passar coisas tão simples e singelas, como uma simples mensagem que passa despercebida e que poderia nos acrescentar; como o canto dos sabiás tão alegres que pareçam que nada mais existe de tão maravilhoso para ouvir; e como reparar se as pessoas ao seu redor estão satisfeitas ou não. Seguimos pelo lado oposto, o difícil, por isso as metáforas são tão presentes.
   É muito difícil entender a mensagem quando o sentido verdadeiro a ser compreendido não está claramente ali, na frente dos nossos olhos carnais, no entanto, os olhos da alma não se deixam ver pelo escudo que criamos para proteger aquilo que temíamos saber. Mas também, o medo que habita nossos pensamentos, sendo um produto imaginário, nos faz temer coisas que talvez nem exista e nem existirão. E tudo isso faz parte de uma escolha, o medo é uma escolha. Ele bloqueia os sentimentos de amor, de caridade a si mesmo e ao próximo e principalmente, o desapego. Uma vez que achamos que a felicidade está em alguém ou em algo. A felicidade então se torna a dependência de algo para se tornar realidade.
 Cada indivíduo é responsável por si mesmo, em se melhorar, em fazer a sua autoavaliação e, corrigir seus erros. Ter a vontade sincera de aumentar seu nível moral. Estar em paz com sua consciência e não temer a mais nada, já que, o inimigo também mora dentro de cada um de nós e, é ele que nós temos que derrotar, e nada mais. Porque ele é que veda o que precisamos saber.
 Assim, cabe a nós mesmos acionar os melhores mecanismos para dar conta do entendimento das metáforas. Pois as mensagens nem sempre serão evidentes e compreendidas enquanto o lado sombrio de cada um bloquear as verdades aprisionadas. Se você tiver domínio sobre a si mesmo e uma boa percepção, saberá interpretar todas as metáforas, porque as respostas estão dentro e não fora de você.

 Gisele Regina 

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Céu e inferno são estados mentais da consciência.



       
 Diversas religiões afirmam que se você não for adepto de suas convicções teológicas, se você for membro de outras religiões ou de nenhuma você está fadado a danação divina. Em resumo, você não é merecedor da salvação, perecerá no “lago de fogo e enxofre”. Todavia, o conceito de inferno que aqui desenvolverei possui outra conotação, não adentra uma dimensão metafísico-teológica. Adentra sim uma dimensão mental de estado de consciência.
    Em outras palavras céu ou inferno estão dentro de nós, uma alma dividida vive em constante conflito, a crise existencial decorre muito de conflitos internos do sujeito, embora não se resuma a subjetividade, pois existem fatores extrínsecos a nós, por ex.: guerras, fome. Se você não está em paz consigo mesmo, se dentro de si reside um rio caudaloso, dificilmente encontrará guarida no mundo exterior, a paz emerge do interior para o exterior. É um movimento de dentro para fora. O máximo que fatores exteriores são capazes é de motivá-lo ou ajuda-lo a promover a paz interior. Como diz o jargão popular “você pode se sentir sozinho em meio à multidão”. Sartre corrobora essa afirmação intuitiva do consenso popular, segundo o filósofo se você não consegue ficar sozinho significa que você está em péssima companhia (você está no inferno).

"Na verdade não existe céu e inferno, isso significa apenas o estado de consciência, se você está feliz com sua consciência e seu coração está em harmonia você está no céu, mas se você está perturbado, deseja o mal a alguém, está com raiva, você está no inferno, simples assim. Nós que decidimos onde queremos ficar." Gisele Regina, Espiritualista e Literata.

Na vida teremos aflições, mas devemos ter força de ânimo. Ao invés de nos fazermos vitimas sejamos autores e atores de nossa própria história no picadeiro da vida real. Se você não se sente valorizado no trabalho, não respeita/acredita mais na empresa. Está em um relacionamento que em nada agrega valor a sua vida... É hora de mudar de ares, buscar novos desafios, oxigenar a mente, pois “uma vida sem desafios não vale a pena ser vivida”. O medo da perda é traidor, pois evita também que conquistemos aquilo que é mais significativo para nós.
    Pegarei emprestado das ciências econômicas a “proporção de perda e ganho”.  Para ganhar um bem maior, é preciso renunciar algumas coisas, não se pode abraçar tudo ao mesmo tempo. Mas essa relação de perda e ganho é preferível quando o ganho é maior que a perda. Quanto se parte do mínimo para o máximo. Ou seja, os riscos de se investir só são vantajosos na medida em que o ganho supera a perda. Na medida do possível a economia não deve ser entendida como um “jogo” conforme comentário precedente.
  Em resumo, céu e inferno são dimensões que envolvem um estado mental da consciência. Céu estado mental da consciência de harmonia (paz), embora paz não signifique felicidade plena permanente (não me demorarei no conceito de Felicidade que por si só rende muita reflexão). Inferno estado mental da consciência de perturbação. Portanto, alimente aquilo que é positivo no seu interior. Certa vez um índio disse: “tenho dois cães dentro de mim, mas só um vai sobreviver”, perguntado sobre quem ganharia a luta ele disse: “o que eu alimentar”. Assim, alimente sua mente de pensamentos positivos e transforme os pensamentos positivos em ação afirmativa em sua vida.

Rodrigo Brito.




domingo, 3 de agosto de 2014

Cultura

Cultura

A cultura é tão somente um modo de se expressar sem desrespeitar o próximo, é toda a ação que o ser humano produz para agregar a seu tipo de tradição ancestral que cultiva. E também é um movimento incessante que já superou muitas fases às adaptações da modernidade.
Podemos dizer que cultura é tudo aquilo que não é natureza. Por sua vez, toda ação humana na natureza e na sociedade é cultura. A fome do ser humano é biológica, mas a maneira de se alimentar (arroz, feijão, vatapá, açaí, peixe ou lanches McDonalds) é cultura; o frio sentido por nossos corpos no inverno é natureza, mas como nos vestimos para nos proteger (calça jeans, camiseta, blusa de lã) é cultura; a necessidade de nos locomover é natureza, mas os meios que utilizamos para fazê-lo (sobre os próprios pés, com uma bicicleta, com um fusca, montados em cavalo ou de carro importando com motorista) são culturas, e tudo o que é produzido pelo homem é cultura.
Todo o ensinamento que se é passado durante a trajetória de vida é aos poucos anexado no presente, ainda que se vive transformando essas informações no conteúdo do momento para vivenciar no decorrer do caminho que se escolheu viver. Perante as ideias construtivas que foram cultivadas e que vai florescendo no dia a dia. Esse cultivar se transforma, pois, nos adaptamos às vivências do momento, um exemplo, a tecnologia. 
Logo, essa metodologia de inventos que o homens começou progredindo, nos dá a oportunidade de nos envolver com outras culturas sem sairmos do lugar, e um bom exemplo dessa diversidade e multiculturalismo. Este tipo de mistura de culturas faz com que as pessoas se envolvam e apreciem os costumes de outrem, tendo conhecimento e o mais importante, aprender a conviver e até apreciar aquilo que não lhe é comum, fazendo que obtenham respeito.


Gisele Regina